sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Planejamento para 2011

Em breve um novo ano se inicia e com ele uma infinidade de promessas; as mais comuns são: emagrecer, parar de fumar, voltar a estudar, entre outros. Geralmente essas promessas, são desejos não realizados no ano que passou, e em muitos casos, vão se repetindo ano após ano sem conseguir concretizá-los. Isso acontece com você? Se a resposta for sim, é importante que pense no que está impedindo sua realização. Aproveite esse momento e faça uma retrospectiva, pense na postura que tem tomado diante da vida e se deseja continuar do jeito que está. Você acredita que pode ficar melhor? Excelente!

Costumo dizer que não existe uma única receita de bolo, mas que cada pessoa tem a sua e para dar início a ela o primeiro passo é refletir sobre seus desejos. Eles são realmente seus ou tem o intuito de agradar outras pessoas? Digo isso, pois tenho percebido que as pessoas costumam usar muito o “tenho que...” na formulação de seus desejos, como se fosse algo que realmente desejassem. O “tenho que” funciona mais como uma obrigação e não como algo que se deseje realmente.

Para que as mudanças aconteçam, é necessário que haja um mínimo de autoconhecimento, saber quais são os seus valores pessoais e se eles estão de acordo com o tipo de vida que está levando atualmente é muito importante. Pense nas áreas de sua vida e no que deseja para cada uma delas:

- Profissional/ Educacional;

-Afetiva;

-Lazer;

-Material (bens);

- Saúde.

Além disso, é fundamental que comece a traçar metas claras e bem definidas, que sejam motivadoras e o mais importante, com prazo para sua realização, se não é capaz de chegar ao final do ano novamente sem realizá-las. Para facilitar, dividas suas metas em submetas (curto, médio e longo prazo).

Mas se seu desejo é fazer como a música “Deixa a vida me levar...”, não esqueça de refletir que ganhos terá em sua vida; é bom que pondere e principalmente responsabilize-se por sua decisão, pois os acontecimentos não ocorrem simplesmente ao acaso. Costumamos colher o que plantamos.

E para finalizar, gostaria que se imaginasse como um barquinho no mar. Como ele está? Indo e vindo ao sabor do vento sem direção ou tem alguém no comando? Lembre-se: se você não comandar o seu barco, alguém com certeza comandará por você!

O que você escolhe?

Boas Festas e um Feliz 2011!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Mudança

Muitas pessoas acreditam que para haver mudanças em suas vidas é preciso que o outro (chefe, namorado (a), familiares, amigo, etc) inicie esse processo. No entanto, não é assim que funciona. Se você deseja que algo se modifique em sua vida, comece por você! Afinal quando mudamos, tudo e todos que estão ao nosso redor se modificam.
O processo de mudança nem sempre é fácil e agradável, afinal sair da zona de conforto é experimentar o diferente, o novo. Por isso, é importante que o processo de cada um seja respeitado, pois cada pessoa tem um tempo e dinâmicas diferentes; valorize cada degrau alcançado.
Caso queira alcançar novos voos ou mesmo desejar viver de maneira mais positiva em relação à vida, este é o caminho a seguir.
Para isso, é importante que o indivíduo entre em contato consigo mesmo e perceba como se relaciona com o outro e com o meio em que vive, perceba seus pensamentos, sentimentos e crenças (positivas e negativas) e a partir daí, ampliando seu auto conhecimento; tendo consciência das escolhas que faz na vida.
Você já pensou nas mudanças que deseja para a sua vida?



"Nada se transforma. Somente eu me transformei.
Portanto, tudo se transformou."
(Provérbio hindu)

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Orientação Profissional

Quando falamos em orientação vocacional ou profissional, a maioria das pessoas associa essa prática apenas com a escolha de uma profissão; orientação esta que o jovem só procura quando está em dúvida em relação a que curso escolher. Só que a orientação profissional, como prefiro chamar, não é só isso. É preciso observar que o mundo do trabalho é algo dinâmico e muda constantemente. Com isso, é necessário um olhar sob uma perspectiva crítica a respeito das profissões; levando em conta a situação do orientando; o contexto político-econômico-social em que esse jovem está inserido e o mercado de trabalho, buscando conscientizar esse jovem que não existem garantias em nenhuma escolha que ele faça, ou seja, levantar uma visão mais realista a respeito do trabalho e dos meios de produção.

Talvez você me pergunte para que passar pelo processo de orientação profissional? E eu responderei que é importante o jovem se preparar para entrar em contato com as dificuldades que virão pela frente e principalmente perceber quais as exigências que o mercado exigirá dele, podendo assim desenvolver melhor suas habilidades e atitudes.

A própria escolha do curso, para a maioria dos jovens é algo angustiante; tenha ele passado por um processo de orientação profissional ou não. O interessante é que desde crianças aprendemos a fazer escolhas, mas ao se deparar com o vestibular, um grande número de jovens entra no que chamamos de “crise”, a qual acredito ser devida a cobranças imposta pela sociedade e pelo meio familiar. Pois desde novinhos, escutamos o adulto perguntar “O que você vai ser quando crescer?”

Até então, penso na escolha frente ao vestibular, mas vale ressaltar também o grande número de jovens que desistem do curso no meio do caminho, ou aqueles que terminam o curso e atuam em outras áreas de trabalho. Percebo que a orientação profissional é um grande aliado no crescimento desses jovens e adultos, não só no que diz respeito à escolha de uma profissão, mas também em levantar reflexões acerca do mercado de trabalho, no autoconhecimento e na criação de estratégias que possibilitem sua atuação na área desejada.

sábado, 18 de setembro de 2010

Depressão na adolescência


Mitos e Realidade

MITO - Adolescentes não tem depressão de verdade.

REALIDADE - A depressão pode afetar pessoas de qualquer idade, raça ou classe socio-econômica.

MITO - Adolescentes que alegam estar deprimidos são fracos e precisam apenas de força de vontade.

REALIDADE- A depressão não é uma fraqueza e sim um grave problema de saúde.

MITO - Falar sobre depressão apenas piora o problema.

REALIDADE- Falar sobre o que sente pode ajudar um amigo a reconhecer a necessidade de ajuda profissional.

MITO - Pessoas, inclusive adolescentes, que falam sobre suicídio não se suicidam.

REALIDADE- Muitas pessoas que se suicidaram já haviam dado "avisos" a esse respeito para amigos e família.

MITO - Contar para um adulto que o amigo pode esta deprimido é trair sua confiança. Se ele quisesse ajuda, ele procuraria.

REALIDADE- A depressão destrói a auto-estima e interfere na capacidade ou vontade da pessoa pedir ajuda.


Identifique os Sintomas da Depressão na Adolescência


Tristeza ou sensação de vazio

Pessimismo ou culpa, falta de esperança

Desamparo ou inutilidade

Incapacidade de tomar decisões

Concentração e memorização reduzidas

Falta de interesse ou prazer por atividades normais como esportes, música ou conversa pelo telefone

Problemas na escola e com a família

Perda de energia e motivação

Dificuldade para pegar no sono, dormir bem ou se levantar de manhã

Problemas de apetite: emagrecimento ou ganho de peso

Dor de cabeça, dor de estômago ou dor nas costas

Inquietação e irritabilidade

Desejo de ficar sozinho a maior parte do tempo

Falta às aulas ou abandono de hobbies e outras atividades

Abuso de bebidas alcoólicas ou drogas

Conversas sobre morte

Conversas sobre suicídio (ou tentativas)

Se você identificar vários desses itens em seu filho, em um amigo ou em você mesmo, pode ser um quadro depressivo. Antes de qualquer decisão, procure ajuda profissional (psiquiatra, psicólogo ou médico da família), pois a avaliação e o diagnóstico são essenciais para o tratamento e a recuperação.

Fonte:http://www2.uol.com.br/aprendiz/n_colunas/coluna_livre/id020202.htm


domingo, 22 de agosto de 2010

Depressão na adolescência

Não pensava em escrever sobre esse assunto no momento, mas acredito que nada aconteça por acaso, e depois que uma aluna entrou em contato comigo por telefone querendo fazer uma entrevista para o trabalho dela sobre esse assunto, esse fato me chamou a atenção. Primeiro porque esse tema estava sendo tratado na escola e segundo pelo interesse da mesma em procurar saber mais sobre o assunto.

Em minha opinião, a adolescência por si só já é uma das fases mais difíceis na vida de uma pessoa; afinal é uma fase de transição da infância para a fase adulta, no qual ocorre o desenvolvimento biológico e social.

Além disso, a depressão na adolescência nem sempre foi reconhecida como uma doença, pois acreditavam que tanto a criança quanto o adolescente não tinham motivo para terem esse problema. Hoje, esse pensamento já mudou, mas observa-se uma grande dificuldade em diagnosticar, visto que alguns sintomas se confundem com as características ocorridas durante o desenvolvimento do adolescente. A partir daí, farei uma apresentação sobre o transtorno depressivo e ao final, destacarei as diferenças no transtorno depressivo na adolescência.

A depressão, conhecida como a doença do século, tem sido um tema abordado desde a antiguidade. Acreditava-se que o temperamento do ser humano era observado através da teoria dos humores, desenvolvida por médicos gregos no qual de acordo com os fluidos corporais, era possível perceber que humor a pessoa tinha. No caso da depressão, acreditava-se que o excesso de bile negra era o causador da doença. Essa teoria serviu para que ocorresse a substituição do olhar da mitologia para a biologia, abrindo espaço para o trabalho clínico.

Até hoje, percebo o uso da palavra depressão no senso comum, ainda muito utilizada para nomear momentos de tristeza. É importante saber diferenciar, pois a tristeza é um sentimento adaptativo que ocorre quando não estamos bem e no caso da depressão, não importando o que desencadeou, o humor será sempre o mesmo.

Para caracterizar o estado depressivo, não basta estar triste. É necessário apresentar sintomas psíquicos, fisiológicos e comportamentais.

- Sintomas psíquicos: sentimento de tristeza, autodesvalorização, sentimento de culpa. Ideação suicida, ausência de sentimento de prazer, ausência de energia, dificuldade em tomar decisões e em se concentrar.

- Sintomas fisiológicos: alteração no sono (insônia ou sonolência durante o dia), alteração do apetite (comer em excesso ou não sentir fome), redução do interesse sexual.

- Sintomas comportamentais: retraimento social, crise de choro, comportamentos suicidas, lentidão ou agitação psicomotora.

Além de conhecer os sintomas característicos da doença, é importante diferenciar o transtorno depressivo unipolar do bipolar. O unipolar pode ser dividido em transtorno depressivo maior (TDM), que pode ocorrer em um único episódio ou ser recorrente e apresenta sintomas de dor e cansaço; tendo pelo menos quatro sintomas e no mínimo duas semanas de duração. O transtorno distímico apresenta uma menor intensidade, e um estado de humor depressivo presente durante boa parte do dia, quase todos os dias, por no mínimo dois anos. As queixas são de cansaço, desânimo insatisfação e, apesar de menor intensidade, pode ser igualmente grave devido aos prejuízos que a pessoa apresenta em sua vida.

Na adolescência, os sintomas são mais ou menos os mesmos, mas além dos que foram citados, observa-se irritabilidade exagerada, isolamento e maior sensibilidade às críticas. É importante ficar atento, pois esses sintomas ao passarem despercebidos podem acabar ocasionando outros distúrbios, entre eles distúrbios alimentares, abuso de álcool e drogas, problemas na escola, baixa auto estima, comportamento de risco, violência, suicídio, automutilação e uma busca maior pela internet.

Uma das perguntas que os jovens fizeram e que me chamou a atenção foi a seguinte: “O que os pais e professores podem fazer a respeito?” Penso que tanto a família quanto a escola podem acolher esse jovem e tratá-lo com mais afeto e compreensão, mas acima de tudo, não deixar de procurar ajuda profissional, pois em alguns casos, é necessário até o uso de medicação e por melhor que seja a intenção que os familiares e a escola tenham, eles não estão preparados para atuar terapêuticamente.


domingo, 8 de agosto de 2010

A importância das relações - Parte II

Há muito tempo eu queria levantar esse assunto aqui no blog, mas a impressão que eu tinha é que por mais que pensasse em algo, nunca parecia ser o suficiente a ser dito. Era como se sempre faltasse algo; com isso, desisti de encontrar o tom perfeito que eu pensava existir de forma que resolvi deixar as ideias fluírem. Afinal, em minha opinião, este tema é um dos temas principais, pois é a partir das relações que temos a percepção do outro e que nos mostramos ao mundo e nos reconhecemos.

Quando olhamos o outro, frequentemente estamos prontos para elogiar ou criticar e não percebemos o que ele diz sobre nós mesmos. Ou percebemos? E, se percebemos, o que será que mexe tanto conosco que acabamos aceitando os convites que esse outro nos faz? O que nos incomoda em sua atitude? Estamos tão acostumados com nossos referenciais internos que acabamos sempre reproduzindo a mesma forma de agir, e dependendo do tipo de crença existente, esses referenciais podem ser disfuncionais. Os rótulos e comparações acabam fazendo parte de nossa vida e isso dificulta o olhar para nós mesmos, e reconhecermos a preciosidade que existe em cada um de nós é o caminho para uma vida saudável.

É comum jogarmos a responsabilidade para outra pessoa, esperando que mude sua forma de ser e de agir, mas uma relação não é feita por uma única pessoa; é necessário que haja pelo menos duas pessoas para que algo aconteça. Somos seres relacionais, precisamos do outro para viver. E se esse descontentamento está em nós, vale ressaltar a importância de percebemos o que tanto nos incomoda e trazer para uma reflexão interna, pois quando mudamos, todo o sistema muda.

Além disso, vivemos num mundo totalmente individualista, no qual as pessoas vivem ansiosas, cheias de medos e em constante busca pela felicidade. Para que aconteça alguma mudança, é necessário que percebamos a vida de uma forma diferente, valorizando o interno e não o externo, pois nos apegamos à ilusão criada por nossa mente, e quando não aceitamos o outro, de certa forma também não nos aceitamos.

Sigamos em busca de relações mais saudáveis; e se o outro não muda o que acha de começarmos a mudança por nós mesmos?

A importância das relações - Parte I


Como o tema relações estará presente essa semana aqui no blog, esse quadrinho que recebi de uma amiga vem bem a calhar. Ele nos possibilita refletir sobre as formas de relações que mantemos com o outro. Vamos trabalhar em prol de melhores relações!
Precisamos escutar mais, dialogar mais e agir mais positivamente.


domingo, 25 de julho de 2010

Terapia de grupo

No dia 23 de julho de 2010 participei da conferência sobre “Psicoterapia de grupo: presente e futuro da psicologia” ministrada pelo psicólogo francês Jean-Marie Delacroix na PUC RJ. Evento este muito bem organizado pelo Centro de Gestalt Terapia Sandra Salomão.
O Sr. Jean-Marie dividiu com os profissionais presentes sua experiência com grupos terapêuticos, mostrando sua importância e riqueza de trabalho. O encontro me fez pensar ainda mais no que falta para que o trabalho com grupos verdadeiramente aconteça em nosso país; afinal esta forma de trabalho é tão difundida e aceita em outros países que não compreendo como ainda haja tanta dificuldade em acontecer por aqui. Sandra Salomão comentou ainda sobre a época em que a gestalt terapia iniciou no Brasil, no qual a ditadura militar estava bem presente e dificultava, para não dizer proibia todo e qualquer trabalho com grupos. Daí percebe-se a importância de compreendermos o contexto histórico da época e perceber toda essa influência.
A terapia de grupo funciona como um laboratório, no qual o indivíduo tem a possibilidade de experimentar novas formas de ser e estar no mundo e compreender as formas existentes de relações. Essa forma de terapia nos permite ainda trabalhar com certas técnicas que não são possíveis no trabalho individual. Não significa que o trabalho em grupo seja melhor que o individual, mas através dele é possível obter resultados diferenciados e vice e versa, pois cada um tem sua singularidade. Se houver a possibilidade de participar das duas formas de terapia, melhor ainda.
Esse trabalho não tem contra indicações e tem o intuito de fazer o individuo entrar em contato consigo mesmo e com o mundo, tomando consciência de seu processo. Podemos dizer ainda que o trabalho em grupo seja um “recorte” da sociedade em que o individuo (com) vive através de uma repetição de suas formas de relações.
Muitas pessoas ainda questionam sua eficácia, preferindo o trabalho individual. É um grande erro pensar dessa forma, pois o grupo favorece também uma interação entre seus membros possibilitando um aprimoramento nas formas de relação. Nesse processo o ganho pode ocorrer de forma ativa ou simplesmente através da observação do que emerge no grupo. Os encontros podem ocorrer em sessões semanais, quinzenais ou até mesmo mensais; vai depender do contrato que as terapeutas combinam com o grupo.

Atualmente trabalhamos com sessões semanais, com 1 hora e 30 minutos de duração ou quinzenais com 3 horas de duração, e acreditando nessa forma de trabalho, estamos com inscrições abertas para dois horários:

Início em agosto

Quarta-feira - horário: 10:00 às 11:30 / Quinta-feira – horário: 15:00 às 16:30

Aproveite, pois são poucas vagas!

Entre em contato e marque uma entrevista.

sábado, 3 de julho de 2010

Orientação Profissional e o Mercado de Trabalho

Uma música do grupo Legião Urbana não sai da minha cabeça. É a música "Tempo perdido", que tem um trecho que diz assim " (...) sempre em frente, não temos tempo a perder (...)", sua letra é da década de 80, e nessa época, a letra diz que o jovem tem todo tempo do mundo. Será que ainda hoje, o jovem se percebe desta forma? Hoje, mais de vinte anos depois, o jovem está inserido em outro contexto, no qual mudanças ocorreram com tamanha rapidez, sendo a globalização e o grande avanço tecnológico marcos dessas mudanças. A impressão que tenho é que os jovens se sentem perdidos diante de tantas cobranças impostas pela família e pela sociedade. Sociedade esta, que impõe que o mínimo é que se faça uma faculdade; muitas vezes sem importar qual o curso a seguir, sendo importante apenas ter um diploma de nível superior. Não que os jovens da década de oitenta não tivessem cobranças, mas era uma época que o mínimo era ter o segundo grau completo; o atual ensino médio era a exigência. As expectativas de um grupo de orientação profissional que participei recentemente, composto de adolescentes do 2º e 3º ano do ensino médio, eram em sua maioria fazer a diferença para o mundo. Pensar em escolher uma profissão com o intuito de fazer a diferença para o outro é algo muito bonito, mas pergunto-me onde os jovens colocam seus sonhos, desejos e expectativas para a vida?
Até então, estou falando apenas da escolha frente ao vestibular, mas vale ressaltar também o grande número de jovens que desistem do curso no meio do caminho ou aqueles que terminam o curso e atuam em outras áreas de trabalho. Percebo que a orientação profissional é um grande aliado no crescimento desses jovens e adultos, não só no que diz respeito à escolha de uma profissão, mas também em levantar reflexões acerca do mercado de trabalho e na criação de estratégias que possibilitem sua atuação na área desejada.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

As quatro leis da espiritualidade

Na Índia são ensinadas as quatro leis da espiritualidade. Que tal incorporá-las em nosso dia a dia?

A primeira diz: "A pessoa que vem é a pessoa certa".
Ninguém entra em nossas vidas por acaso.
Todas as pessoas ao nosso redor, interagindo com a gente, têm algo para nos fazer aprender e avançar em cada situação.


A segunda lei diz: "Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido".
Nada, nada absolutamente nada do que acontece em nossas vidas poderia ter sido de outra forma.
Mesmo o menor detalhe.
Não há nenhum "se eu tivesse feito tal coisa..." ou "aconteceu que um outro ...".
Não. O que aconteceu foi tudo o que poderia ter acontecido, e foi para aprendermos a lição e seguirmos em frente.
Todas e cada uma das situações que acontecem em nossas vidas são perfeitas


A terceira diz: "Toda vez que você iniciar é o momento certo".
Tudo começa na hora certa, nem antes nem depois.
Quando estamos prontos para iniciar algo novo em nossas vidas, é que as coisas acontecem.


E a quarta e última afirma: "Quando algo termina, ele termina".
Simplesmente assim.
Se algo acabou em nossas vidas é para a nossa evolução.
Por isso, é melhor sair, ir em frente e se enriquecer com a experiência.
Não é por acaso que estamos lendo este texto agora.
Se ele vem à nossa vida hoje, é porque estamos preparados para entender que nenhum floco de neve cai no lugar errado.

(Autor desconhecido)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Síndrome de burnout - Segunda Parte

Na postagem anterior, busquei levantar uma reflexão sobre os atravessamentos ocorridos em toda a sociedade, na qual as mudanças ocorrem de forma extremamente rápida e na maioria das vezes não nos encontramos preparados para lidar com elas. Tudo isso acaba refletindo principalmente na educação, pois os professores acabam sendo cobrados por tarefas que não cabem à eles e outros fatores também influenciam em seu trabalho causando um desgaste físico e emocional de grandes proporções. Se trata de um estresse crônico, percebido pelos colegas de trabalho e familiares; na maioria das vezes o profissional infelizmente só procura auxilio quando se encontra num estágio avançado da síndrome. Desânimo e desmotivação com o trabalho geralmente são os primeiros sinais, mais tarde aparecendo sintomas físicos além dos psicológicos.


O burnout tem características parecidas com o estresse e a depressão e apresenta quatro estágios de evolução. Geralmente inicia com a desmotivação e desânimo no trabalho, avançando para dificuldades nas relações, lapsos de memórias, despersonalização e por fim, chegando ao uso de drogas ilícias e pensamentos suicídas. O dignóstico é feito por um psicólogo ou médico e leva em consideração três dimenções da doença: o esgotamento emocional, despersonalização e o envolvimento pessoal no trabalho.


Esse quadro apresenta sintomas físicos, psicológicos e comportamentais e é fundamental que haja nas escolas um trabalho de prevenção para esses profissionais.




"A saúde nao é a ausência de doença ou de enfermidade, mas um bem-estar físico, mental e social" (Organização Mundial de Saúde)

terça-feira, 1 de junho de 2010

Burnout - uma síndrome de todos!

O termo Burnout faz referência a um tipo de estresse que consome física e emocionalmente profissionais da área da saúde e educação, geralmente apresentando um comportamento agressivo e irritadiço tanto no trabalho quanto em outras áreas da vida. Com algo desse nível acontecendo, é necessário fazer uma reflexão sobre os atravessamentos sofridos nas escolas, famílias e sociedade, buscando compreender as causas do estresse acometido no trabalho docente e como este profissional percebe sua prática; e também pensar no que cada um pode fazer para resgatar a energia desses profissionais, ou pelo menos tentar compreender as mudanças ocorridas até então.
E por falar em mudanças, elas têm se processado em todo o mundo, e sabendo que a integração do indivíduo não é um fato isolado, mas que depende de seu desenvolvimento pessoal é importante não só entender o significado deste fenômeno, mas também contextualizar o significado da escola e da educação nos dias atuais, entendendo esse profissional como agente transformador da sociedade.
O papel do professor é trabalhar como mediador, colaborando para que o processo de ensino aprendizagem ocorra. Mas, é evidente, que em uma escola não é apenas o educador que ensina; o aluno conquista pouco a pouco, verdadeiras aprendizagens intuitivas com os diversos elementos que compõem a equipe escolar, ou seja, a aprendizagem vai sendo construída pelo sujeito. Integrada, dinâmica e estruturada em rede interdisciplinar que permite ao aluno a oportunidade de conhecer e transformar, organizada por áreas de conhecimento e competências.
Fernández (2001, p.38) acredita que os setores de poder consideram e definem cada vez mais o trabalho docente como doméstico, sem considerar o seu valor produtivo, o que o torna invisível. Com isso, entende-se que ser professor seja uma tarefa difícil, que merece respeito e consideração por sua nobre missão, de colaborar na transmissão de conhecimentos aos alunos. Infelizmente, ocorreu uma deterioração das condições da formação e da prática profissional do professorado no Brasil, hoje tão desvalorizado no próprio universo acadêmico, na mídia e na sociedade em geral.
Lembremos que estamos falando de educadores das escolas públicas e particulares do Rio de Janeiro, de um país de dimensões continentais, globalizado, onde o saber atual se conquista nas bancas, nas entrevistas de programas de rádio e televisão ou no acesso a Internet, ou seja, houve uma facilitação no acesso ao conhecimento. Com isso, vem junto uma pressão exercida pelas novas tecnologias necessitando de adaptações rápidas por parte desses profissionais. Isso favorece a tensão, a insatisfação e a ansiedade, o que pode esgotar o educador, onde na maioria das vezes encontra-se uma resistência a mudanças.
Outro ponto a ser compreendido é que o trabalho ocupa a maior parte do tempo das pessoas e a atividade de educar exige do professor o estabelecimento de um vínculo afetivo e emocional com o objeto de seu trabalho: o aluno. Essa exigência afetiva e emocional no trabalho docente pode gerar tensão e a partir do momento em que o educador tenha dificuldades em estabelecer esse vinculo, é esta tensão, que quando mal canalizada, gera sofrimento. (Codo)
Não há como negar que o stress é um problema dos tempos modernos, mas existe uma ideologia dominante que passa a todo o momento, que o envolvimento do individuo depende do tamanho de seu investimento pessoal, e por isso, vivemos no corre-corre, nossos horários desrespeitados, perdemos horas de sono, alimentamo-nos mal e não reservamos tempo para o lazer. O resultado poder ser a fadiga crônica ou o stress.
É importante ressaltar que o grau de desgaste do corpo depende do efeito direto do agente estressante sobre o indivíduo, das respostas internas que estimulam a defesa do organismo e das respostas internas que causam a inibição das defesas podendo levar a síndrome de burnout, um tipo especial de stress ocupacional que se caracteriza por profundo sentimento de frustração e exaustão em relação ao trabalho.
Entende-se estresse não como uma doença, mas sim como uma reação fisiológica gerada por estressores, ou seja, experiências geradoras de estresse; que são variáveis de pessoa para pessoa. Sendo importante ressaltar que um acontecimento pode ser desencadeante para uma pessoa e para outra não.
Por isso, tenho dois pedidos a fazer...
O primeiro é para que cuidemos com mais carinho dos nossos professores! Afinal, para que mudanças ocorram, precisamos da colaboração deles. Pensem nisso!

E o segundo é direcionado aos próprios Mestres...
Cuidem-se com carinho!!! Vocês são importante e fazem a diferença nas vidas de muitos jovens e adultos.

Aproveito para agradecer a todos os professores que contribuiram para a minha formação durante todos esses anos
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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Síndromes ansiosas - um vilão do nosso tempo?

Vivemos numa sociedade na qual a maioria das pessoas acabam naturalizando o sentimento de ansiedade e não percebem o mal que fazem a si mesmas. É importante saber diferenciar uma reação ansiosa de um estado ansioso. Conhecer os sintomas e estar atento também é fundamental, pois a ansiedade pode desencadear outros sintomas e acabar virando uma bola de neve, resultando em algo de maior gravidade. Além disso, dificulta que a pessoa viva a vida plenamente. O sentimento vivido pela ansiedade é de angustia, nervosismo, preocupação e irritação, podendo ocasionar também insônia, dificuldades de relaxar, de concentração e irritação em excesso. O corpo também sinaliza que algo não está bem, pois ocorrem dores de cabeça, tontura e dores musculares. A partir do momento em que se torna algo excessivo, é caracterizado como ansiedade generalizada, que pode levar a crises de pânico.
A síndrome do pânico caracteriza-se pela ocorrência inesperada de ataques de medo intenso de forma recorrente. Iniciam com um período de 5 a 10 minutos e vão aumentando de acordo com o desenvolvimento do quadro. Pode ou não ser acompanhado de agorafobia, que é o medo de ficar só em lugares públicos; este último tipo de fobia é a mais incapacitante, pois interfere na vida social e no desempenho escolar ou profissional da pessoa. Ocorre em ambos os sexos, em sua maioria no sexo feminino e costuma ocorrer no final da adolescência e na fase adulta, mas há indícios que os pacientes tenham passado também por experiências ansiosas durante a infância.
Os ataques de pânico podem ocorrer a qualquer momento e podem ou não estar associados a algum estímulo identificável, mas não necessariamente são apresentados dessa forma, podem estar relacionados à excitação, esforço físico ou trauma emocional moderado. Vale ressaltar também que esse transtorno, geralmente vem acompanhado de outros transtornos, como por exemplo, o transtorno depressivo.
Os sintomas mentais apresentados costumam ser de medo extremo e sensação de morte ou tragédia eminente; e como a causa é desconhecida pelo paciente, podem sentir-se confusos e com problemas de concentração. Quanto aos sintomas físicos, ocorre taquicardia, palpitações, formigamento, náuseas, falta de ar e sudorese. Alguns pacientes chegam a experimentar algum grau de despersonalização, no qual dizem sentir uma sensação da cabeça ficar leve, sentem o corpo estranho e um auto estranhamento.
Até o momento venho levantando os sinais apresentados pelo transtorno, mas o mais importante é o respeito pelo que o outro vivencia e o cuidado que se deve ter por esse sentimento. Já escutei pessoas dizendo que não tem tempo para passar por isso, como se pudéssemos prever tal acontecimento. É necessário respeitar o momento de cada um, não vendo como algo tolo ou como um fingimento. A maioria da sociedade só cuida do que acontece com o corpo, não se preocupando com o sofrimento da mente. Vamos cuidar de ambos
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Fábula da convivência

Há milhões de anos, durante uma era glacial, quando parte do nosso planeta esteve coberto por grandes camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio e morreram, indefesos, por não se adaptarem às condições. Foi então que uma grande quantidade de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver começaram a se unir e juntar-se mais e mais. Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro. E todos juntos, bem unidos, agasalhavam uns aos outros, aqueciam-se mutuamente, enfrentando por mais tempo aquele frio rigoroso. Porém - vida ingrata - os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital. Questão de vida ou morte. E afastaram-se, feridos, magoados, sofridos. Dispersaram-se por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito... Mas essa não foi a melhor solução. Afastados, separados, logo começaram morrer de frio, congelados. Os que não morreram voltaram a se aproximar pouco a pouco, com jeito, com cuidado, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem magoar, sem causar danos e dores uns nos outros. Assim, suportaram-se, resistindo à longa era glacial. Sobreviveram.
  • É fácil trocar palavras. Difícil é interpretar o silêncio;
  • É fácil caminhar lado a lado. Difícil é saber como se encontrar;
  • É fácil beijar o rosto. Difícil é chegar ao coração;
  • É fácil apertar as mãos. Difícil é reter o calor;
  • É fácil conviver com pessoas; Difícil é formar uma equipe.

(Autor desconhecido)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Adolescência


Ao falar sobre a adolescência para um público adulto, gosto de pedir que fechem os olhos e façam uma viagem ao passado. Voltem no tempo e recordem os momentos vividos, as pessoas que fizeram parte de suas vidas; que lembrem o que gostavam de fazer, o que sentiam, a música que tocava na época, etc. Na maioria das vezes, existe um grande número de adultos que percebem o quanto deixaram para trás fatos dessa fase da vida. Percebem as diferenças existentes entre as épocas vividas e muitas vezes, essa percepção do adulto já facilita o diálogo e a compreensão com o adolescente.
Mas o que é a adolescência? Adolescência é a transição entre a infância e a fase adulta. Quando começa e quando termina ninguém sabe ao certo, pois existe uma variação; e de acordo com alguns autores, pode ocorrer entre os 11 e 20 anos de idade aproximadamente. Em nossa cultura, a adolescência acaba sendo tardia, pois se considera que o jovem entre na idade adulta após sua inserção no mercado de trabalho; e também pelo fácil acesso a informação e/ou por questões sócio-econômico-culturais, enfim, não existe um único fator determinante.
Um dado curioso é que a adolescência só passou a existir por volta do século XIX, com a Revolução Industrial; onde a educação foi estendida por mais tempo, visando a preparação para o trabalho. Com isso, o adolescente passou a ficar mais tempo com a família, só saindo de casa para casar.
Outro fator que vale ressaltar, é o pensamento de que todo adolescente passa por “crises”, vivem em “conflito” ou que são um “problema”. É preciso refletir que “crises, problemas e conflitos” são esses, tendo em vista que nem todos os jovens são iguais.
E compreender também que este é um momento em que ele passa por uma série de mudanças, inclusive hormonais, no qual seu ritmo biológico é alterado, passando a apresentar mais disposição no turno da noite, o que pode acabar gerando dificuldades no que se refere à aprendizagem.
Diante disso podemos concluir a importância de compreender o que se passa nessa fase para melhor se relacionar com esses jovens que convivemos no dia a dia.

Livro "Uma mente inquieta"

Está semana lembrei de um livro que li a algum tempo atrás, o nome dele é “Uma mente inquieta” da autora Kay R. Jaminson. Este livro relata a vida de uma paciente com o transtorno Bipolar, antigamente conhecido como psicose maníaco depressiva; na verdade, deixou de ter esse nome por não apresentar sintomas psicóticos. Para quem não conhece, esse transtorno apresenta mudanças nos estados maníacos e depressivos. Na maioria das vezes, é diagnosticado erroneamente, pois o quadro de depressão é o que mais chama a atenção. Para quem tem interesse no tema, indico esse livro, pois a autora consegue transmitir um pouco de seu universo e sua forma de lidar com a doença. Mostra sua luta para viver e os dramas relacionados à doença. É claro que a vontade de viver se mostra mais forte dentro dela e com isso é capaz de continuar estudando, trabalhando, enfim, levando a vida como qualquer outra pessoa.
Esse transtorno é de ordem hereditária, no caso da autora, o pai dela apresentava certos episódios de mania. O que ocorre são pólos totalmente opostos, onde de um lado o indivíduo tem crises de mania, onde se sente onipotente, é a estrela da festa, nesses casos, como ocorreu com a autora, algumas pessoas estranharam seu comportamento e outras não, nem chegam a perceber algo errado; nesse pólo pode ocorrer compulsão, onde o dinheiro vai embora, pois a pessoa compra coisas das quais não precisa e/ou pode chegar a pular etapas no simples fato de querer realizar algo.
Já o outro pólo é mais prejudicial (não que o primeiro não seja... é!), pois a pessoa entra num estado de tristeza, melancolia, chegando a uma depressão, nesses casos chegam a ocorrer pensamentos ou atos suicidas.
Dois momentos que me chamaram a atenção no livro foi quando ela contou que estava dando aula de reforço para um aluno cego, ela se questionava de como devia ser difícil estudar naquele estado chegando a comentar com o aluno, quando ele teve a idéia de marcar a próxima aula na biblioteca para deficientes visuais ou algo assim. Com isso, é importante refletir como a dificuldade de qualquer transtorno não está em quem o tem, mas sim em nós que convivemos com o outro e muitas vezes temos a mania horrível de julgar achando que a pessoa não é capaz. O outro momento foi quando ela estava para fazer uma palestra e uma pessoa ficou indignada por ela ter usado o termo loucura no título, e comecei a partir daí pensar o que é a loucura? Realmente esse termo é usado na maioria das vezes de forma pejorativa; uma forma de denegrir o outro; com isso vi a necessidade de mudanças a esse respeito, acredito numa necessidade de esclarecer o que é a doença mental, pois mesmo depois de anos ela continua sendo algo que muitos preferem não pensar ou preferem ignorar que exista.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Para refletir...



" E em vez de insistir no que se perde, é importante ver também o que se cria e encarar o processo como um ciclo eterno de vida e morte, que não é bom, nem mau, apenas é." (Robert M. Pirsig)





O que é psicoterapia e a quem se aplica?

A psicologia é uma ciência que busca compreender a singularidade do ser humano levando em conta as experiências sócio-culturais e a construção por ele feita a partir dessas experiências. Ela divide-se em várias áreas, mas aqui abordarei apenas a área clínica, no qual sua intervenção ocorre através de um conjunto de técnicas e de conhecimentos teóricos usados no trabalho terapêutico.
Essa intervenção é denominada psicoterapia e visa a promoção de saúde, pois auxilia o individuo a encontrar soluções e a melhor compreender questões que incomodem e dificultem o seu dia-a-dia. Essas dificuldades podem se apresentar de diversas formas, através de medo intenso, ansiedade, depressão, agressividade, baixa estima, uso de drogas, dificuldade em se relacionar, dificuldades de aprendizagem, estresse e um sentimento de vazio na vida. O trabalho psicoterapêutico também busca ampliar a consciência através de um trabalho reflexivo e de autoconhecimento, visando mudanças significativas para a pessoa. Dessa forma, percebemos que existem diversas situações nas quais o acompanhamento psicológico se faz necessário.
A abordagem teórica utilizada no meu trabalho está pautada na gestalt terapia, no qual parto de uma visão holística de ser humano, acreditando no potencial humano e em sua autonomia e possibilidade de transformação. O indivíduo é compreendido como um ser total, dotado de corpo e mente, no qual ambos buscam estar em sintonia, buscando auto realizar-se.
Por todos os aspectos citados, vale à pena pensar sobre o significado de normal e patológico; percebendo os dois como algo subjetivo, no qual todos estão sujeitos a passar por algum tipo de situação psicológica, que pode ou não trazer sofrimento para a pessoa. Afinal, corpo e mente andam juntos e na maioria das vezes avisam quando algo não vai bem. Fique atento e não deixe de procurar auxilio quando sentir que essas situações estão atrapalhando sua vida e impedindo de viver novas experiências.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Bullying

Não existe uma tradução ao pé da letra para o termo bullying, mas entende-se que deriva da palavra “bully” que pode ser traduzido como tirano, valentão ou brigão. Podemos dizer também que abrange todas as atitudes agressivas, intensionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor, angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder, tornando possível a intimidação da vítima.
Dessa forma observa-se que não se trata de algo novo, pois todas essas práticas descritas acima sempre existiram, seja na escola ou na própria família, mas só passaram a ser estudadas a pouco tempo e com o crescimento tecnológico, houve uma modernização nesse tipo de relação, pois as “zoações” foram também para o mundo virtual, que é o chamado cyberbullying. As consequências do bullying, afetam o desenvolvimento social, emocional e escolar da vítima; podendo criar uma baixa na auto estima, queda de rendimento escolar e resistência a frequentar a escola.
Ao contrário do que se acredita o bullying não ocorre somente na adolescência, já foi observado que seu início começa na educação infantil e no ensino fundamental, estendendo-se até a idade adulta, onde este costuma repetir tais comportamentos com seus filhos e colegas de trabalho. É necessário estar atento aos tipos de brincadeiras e ao comportamento das crianças desde tenra idade. Os pais devem conversar com seus filhos sobre o assunto, mostrar a importância do respeito mútuo e de saber respeitar as diferenças de cada um, não incentivar atos violentos e sempre observar as razões para os comportamento apresentados.
Outro dado importante, é que acreditava-se que os autores do bullying eram em sua maioria meninos, mas foi observado também que existe uma grande participação das meninas nesses ataques. O que acontece, é que os meninos ficam em mais evidência por utilizarem maus-tratos físicos e verbais, enquanto as meninas se utilizam mais da exclusão e manipulação. A identificação fica mais difícil nas meninas, pois os ataques são produzidos em seu próprio círculo de amizades.
Numa pesquisa realizada pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à adolescência (Abrapia), com 5.875 alunos do município do Rio de Janeiro em 2002, foi observado que 40,5% estavam envolvidos em casos de bullying. Desses, 17% eram vítimas, 13% agressores e 11% vítimas agressoras

Bibliografia

FANTE, C., PEDRA, J.A. Bullying escolar – Perguntas e Respostas. Porto Alegre: Artmed, 2008.
TEIXEIRA, G. Transtornos comportamentais na infância e adolescência. Rio de Janeiro: Rubio, 2006.