quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O prazer da terapia - rituais simples para psicoterapeutas




    • Recentemente recebi esta mensagem de uma amiga, e tive vontade  de compartilhar aqui no blog. Espero que sirva de reflexão para muitos profissionais (independente da abordagem que sigam)...E também para os clientes que participam do processo terapêutico. Espero que gostem!
      “Esteja atento. Seja você mesmo. Cure as feridas e olhe profundamente para seu próprio processo. Acolha, sinta e aceite suas vulnerabilidades. Encoraje e aprecie estar no “aqui e agora”. Permaneça com o material incômodo. Fique com os sentimentos do cliente e contenha-os, quaisquer que sejam eles. Escute. Ajude os clientes a assumir seus sentimentos e as diferentes partes que rejeitam. Compreenda, embale e gentilmente devolva aos clientes suas projeções. Lembre-se, os clientes não podem fazer mal. Evite rotular quando se sentir nervoso. Entenda que, por trás do rótulo de narcisismo, há ofensas e feridas. Os assim chamados “limítrofes” na verdade são, anteriormente, crianças vítimas de abuso, em busca de amor e continência. Diferencie-se. Não assuma a responsabilidade pela dor, pelos conflitos ou problemas do cliente, são dele. Seja consciente, fique presente, seja honesto. Esteja presente com o coração. Confie no processo psicoterápico. Funciona. Seja paciente. Descubra eus ocultos. Empatia, empatia, empatia. Continue crescendo e torne-se emocionalmente tão sadio quanto possível. Confie e comprometa-se. Compartilhe com colegas. Cerque-se de pessoas com as quais você possa ser vulnerável e em quem possa confiar. Encoraje os clientes a aceitar seus próprios sentimentos e necessidades. Investigue o passado de seu cliente através das projeções atuais e compreenda o comportamento atual através da investigação do passado. Aprecie o poder do processo inconsciente. O seu e do seu cliente. Assimile, acolha, desintoxique e calorosamente devolva aos clientes o que eles põem em você. Compreenda a privação e a fome interna. Perceba que o emaranhamento oculta a alma. O abandono parece um vazio. Seja paciente com a ambivalência. Tenha amigos. Trabalhe pelo seu próprio esclarecimento. Encoraje a expressão do material emocionalmente carregado. Seja um modelo de papel positivo. Acredite e instile um sentido realista de esperança e encorajamento, sem infantilizar. Continue sua terapia. Compareça na supervisão. Retorne os telefonemas dos clientes. Ajude-os a ganhar um significado mais profundo nas suas vidas. Acredite no processo paralelo, você também já passou por isso. Mantenha-se criativo e espontâneo, divirta-se, desfrute do processo de seu cliente. Conheça seus próprios limites. Lembre-se de, quando necessário, esticar os horários, é relevante. Investigue, investigue, investigue. O silêncio é mais que ouro. Ofereça um ambiente acolhedor.

      Ajude os clientes a serem mais aquilo que são. O conselho pode valer mais para o terapeuta do que para o cliente. Reforce o eu total, os eus sem expressão, cindidos, estão aí por algum motivo. A terapia pode ajudar os clientes a descobrir o que eles já sabem. As perguntas mais simples podem ser as mais profundas. Crie um porto seguro para a dor, o amor, a excitação, a vergonha, a culpa, a desilusão e o crescimento. Construa um espaço especial para que os clientes sejam eles mesmos. Ame-se. Ame os outros. Tire férias. Aprenda a dizer não. O excesso de compromissos conduz ao estresse e à infelicidade, não ao sentimento de realização. Cuidar de você mesmo é cuidar dos outros. Trabalhe com a sua própria necessidade de ser bem quisto e compreendido pelos seus clientes. Permaneça flexível internamente. Lembre-se, confie no processo. Realmente funciona.

      * Psic. Jeff Blume – ( Bombshelter Press Los Angeles, 1995 )