Há muito tempo eu queria levantar esse assunto aqui no blog, mas a impressão que eu tinha é que por mais que pensasse em algo, nunca parecia ser o suficiente a ser dito. Era como se sempre faltasse algo; com isso, desisti de encontrar o tom perfeito que eu pensava existir de forma que resolvi deixar as ideias fluírem. Afinal, em minha opinião, este tema é um dos temas principais, pois é a partir das relações que temos a percepção do outro e que nos mostramos ao mundo e nos reconhecemos.
Quando olhamos o outro, frequentemente estamos prontos para elogiar ou criticar e não percebemos o que ele diz sobre nós mesmos. Ou percebemos? E, se percebemos, o que será que mexe tanto conosco que acabamos aceitando os convites que esse outro nos faz? O que nos incomoda em sua atitude? Estamos tão acostumados com nossos referenciais internos que acabamos sempre reproduzindo a mesma forma de agir, e dependendo do tipo de crença existente, esses referenciais podem ser disfuncionais. Os rótulos e comparações acabam fazendo parte de nossa vida e isso dificulta o olhar para nós mesmos, e reconhecermos a preciosidade que existe em cada um de nós é o caminho para uma vida saudável.
É comum jogarmos a responsabilidade para outra pessoa, esperando que mude sua forma de ser e de agir, mas uma relação não é feita por uma única pessoa; é necessário que haja pelo menos duas pessoas para que algo aconteça. Somos seres relacionais, precisamos do outro para viver. E se esse descontentamento está em nós, vale ressaltar a importância de percebemos o que tanto nos incomoda e trazer para uma reflexão interna, pois quando mudamos, todo o sistema muda.
Além disso, vivemos num mundo totalmente individualista, no qual as pessoas vivem ansiosas, cheias de medos e em constante busca pela felicidade. Para que aconteça alguma mudança, é necessário que percebamos a vida de uma forma diferente, valorizando o interno e não o externo, pois nos apegamos à ilusão criada por nossa mente, e quando não aceitamos o outro, de certa forma também não nos aceitamos.
Sigamos em busca de relações mais saudáveis; e se o outro não muda o que acha de começarmos a mudança por nós mesmos?
Querida Soraya, seu blog está muito bonito, muito legal!! Muitos parabens, pela sua força e amor a psicologia.
ResponderExcluirBjs
Patricia, indicada pela Livia que comprou os joguinhos... E falando nisso como encontro os joguinhos agora?