Tive o prazer de assistir a peça Doidas e Santas no teatro Vanucci, no shopping da Gávea. A peça conta a história da Beatriz, uma psicanalista, filha de D. Elda, irmã de Berenice, mãe de Marina que é adolescente e por fim, esposa de Orlando. O casamento deles já dura mais de 20 anos e acabou caindo na rotina, fazendo com que ela pedisse o divórcio. Não tenho a intensão de falar sobre a peça em si, mas sobre as reflexões que tive ao assistir a peça. Em todo caso, fica uma boa dica para o final de semana!
Como Beatriz, muitas pessoas também exercem diversos papéis na vida real, mas geralmente é o público feminino que em sua maioria acaba caindo na rotina diária e esquece o que realmente é importante para as suas vidas. Muitas vezes as mulheres vivem os sonhos de outras pessoas, esquecendo-se de seus próprios sonhos. Dessa forma a vida vai ficando cada vez mais sem graça e cansativa. Na maioria das vezes, responsabilizam outras pessoas por sua frustração. Mas o que as impede de viver plenamente a vida que desejam? E que vida desejam realmente viver? Pode parecer bobo, mas para muitas pessoas essa é uma pergunta extremamente difícil de responder.
Se você está neste momento se perguntando a mesma coisa, leve em consideração os seus valores; pense no que realmente é importante e essencial para você. Pense no que você não abre mão. Valorize o que você gosta, seja ler um livro, assistir um filme, conversar com amigos, fazer ginástica, etc. Encontre algo que goste de fazer, que lhe dê prazer e se permita desfrutar desse momento. Investir no autoconhecimento é fundamental.
Algumas pessoas permitem que o outro dite o que é certo ou errado para as suas vidas e ainda pensam no que o outro dirá, dificultando assim, qualquer forma de contato saudável. Isso não significa que tudo é permitido, mas que é necessário ter consciência e acima de tudo, responsabilidade. Aproveito para citar uma frase do Pequeno Príncipe, “Somos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos”.
E pensando assim, chegamos à formação do casal, no qual cada um dos envolvidos entra na relação trazendo sua bagagem pessoal, leva para o relacionamento sua herança familiar, com perdas e ganhos adquiridos ao longo dos anos. Cada um chega com suas expectativas em relação ao outro, inicialmente parecem perfeitos, príncipes e princesas, mas o tempo vai passando e se não houver cuidado com a relação, acaba caindo na rotina. De príncipes e princesas, só restam os sapos. E quem quer casar com sapos?
Dessa forma é fundamental que ambos busquem trabalhar seu autoconhecimento, de forma a entrarem na relação da maneira mais sadia possível, não esperando do outro mais do que ele pode dar. E finalizando, eu deixo uma pergunta:
- Vocês querem a metade de uma laranja ou uma laranja inteira? A escolha é de vocês!